«Cidade, rumor e vaivém sem paz das ruas,
Ó vida suja, hostil, inutilmente gasta,
Saber que existe o mar e as praias nuas,
Montanhas sem nome e planícies mais vastas
Que o mais vasto desejo,
E eu estou em ti fechada e apenas vejo
Os muros e as paredes, e não vejo
Nem o crescer do mar, nem o mudar das luas.
Saber que tomas em ti a minha vida
E que arrastas pela sombra das paredes
A minha alma que fora prometida
Às ondas brancas e às florestas verdes.»
4 comentários:
Ainda manejo isto mal.
Em cima pus o que queria aqui.
Paciência... leiam de novo: é um sobe-e-desce de faz de conta.
Mas, já agora, aproveito para lhe encaixar este poema, sim porque comentar esta "obra" só vai com empréstimos alheios:
Sophia de Mello Breyner Andresen “Rosto”:
«Rosto nu na luz directa.
Rosto suspenso, despido e permeável,
Osmose lenta.
Boca entreaberta como se bebesse,
Cabeça atenta.(...)»
-- e que a POETA me perdoe:
Rosto por detrás da câmara
simbiose cúmplice
lente entreaberta como se visse
tudo além
para lá de mim, de ti, de nós
e por aqui fico
+ bjs da t.d.
Lindo! Brigada :)
cada vez que faço esse caminho fico toda arrepiada, conseguiste fazer-me sentir a mesma emoçao!
OBRIGADO
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